No último sábado (17), foi celebrado o Dia Internacional contra a LGBTfobia, data que faz alusão ao dia em que a homossexualidade foi retirada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) da Classificação Internacional de Doenças (CID), em 1990.
A data é um marco histórico na busca por direitos e pela visibilidade em todos os espaços da sociedade.
Histórico
Entre os anos de 1948 e 1990, a OMS classificava a homossexualidade como um transtorno mental, utilizando o termo “homossexualismo” (o sufixo “ismo” significa “doença”, uma “patologia”). Com a retirada desta orientação sexual do CID, o movimento LGBTQIA+ passou a priorizar a propagação do termo “homossexualidade”.
Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a discriminação por identidade de gênero e orientação sexual como crime e, em 2023, que ofensas praticadas contra pessoas LGBTQIA+ podem ser enquadradas como injúria racial.
Violência
Organizações ligadas ao movimento promovem diversos eventos e discussões para dar visibilidade à realidade das pessoas da comunidade, que diariamente sofrem com a violência e a marginalização. Em 2024, foram registradas no Brasil 291 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+, número 13,2%, maior do que o registrado no ano anterior, segundo pesquisa do Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga organização não governamental da causa na América Latina. Foram 291 casos registrados.
Representatividade
A representatividade LBTQIA+ na política vem aumentando ao longo dos anos. Nas eleições municipais de 2024, cerca de 225 pessoas da comunidade foram eleitas, três delas para as prefeituras. O número representa um aumento de 130% em relação ao registrado no pleito municipal de 2020, de acordo com um levantamento da organização não governamental VoteLGBT.
Nome social
O nome social representa o gênero com o qual uma pessoa se identifica. É um direito conquistado por todas as pessoas que lutam pela forma com a qual se reconhece e quer ser reconhecida.
Desde 2018, de acordo com a decisão do STF, as pessoas transexuais e travestis têm o direito de solicitar a retificação de seu registro civil. Assim, o nome social passa a ser legalmente compatível com o nome registrado nos documentos.
Múltipla Filiação
Desde 2023, o eleitorado pode incluir múltipla filiação no cadastro eleitoral. O registro de até duas mães e dois pais no cadastro pode ser feito durante o alistamento ou a revisão dos dados, presencialmente ou pelo Autoatendimento Eleitoral.
No Brasil, dados preocupantes. Resistência.
No Brasil, uma pessoa LGBTQIA+ morre a cada 18 horas. O país lidera o ranking de assassinatos de pessoas trans há 16 anos, com 122 mortes em 2024. Embora os números estejam em queda, ainda preocupam. Enquanto o Congresso e setores da sociedade promovem discursos anti-LGBTQIA+, a comunidade segue resistindo através da mobilização social, judicialização e visibilidade. A criminalização da LGBTQIA+fobia e a ação de grupos inclusivos mostram que há avanços, mesmo em um cenário hostil.
Fonte: Com informações de https://www.tre-pr.jus.br/comunicacao/noticias/2025/Maio/17-de-maio-dia-internacional-contra-a-lgbtfobia
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